terça-feira, 10 de abril de 2007

Terra linda Macieira




Que saudade deixas em mim
Pastos imensos Verdes pastos
Verdes pastos de jardim
Jardim de cores e sonhos nefastos


Luz resplandecente
Luz alfazema coroada de framboesa
Luz de amarelo quente
Luz de amor e franqueza


Iluminas a terra o céu o mar
Iluminas as gentes o Coração
Iluminas a minha vontade de amar
Iluminas os meus sonhos na imensidão

Ó terra maravilhosa vestida de véu
Que me dás a paz e alimento
Que por muitas vidas passadas ao céu
Me retiras a dor a mágoa o sofrimento


Das-me guarida lume para me aquecer
Das-me alegria amor compaixão
Das-me o sorriso do amanhecer
Dás-me alimento e trigo para o meu pão


Tuas pedras guardam segredos
Das vidas vividas, vidas passadas
Escondem receios e medos
Mesmo das vidas não acabadas


São pequenas ruelas de pedras à mão cortadas
Ruelas de encontros e desencontros antigos
Mesmo hoje vazias são de histórias passadas
Histórias de amor de festa e dos amigos


Ruelas com sentimento profundo
Ruelas de fontes e roupas de linho
Ruelas que foram um mundo
Ruelas que hoje apenas são um caminho


Mesmo só terra linda, estás sempre cheia
Cheia de coisas para contar cheia de amor para dar
Teus campos sedentos de sementeira
Serás sempre a minha Macieira


Terra linda és, terra linda o canto
Sento-me a lareira penso em ti
Dos pardais ouço a nostalgia do meu encanto
A minha infância deixo ai


Uma terra sempre em festa
Uma terra de povo simples trabalhador
Terra que pouco que resta
São casas vazias cheias de amor

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