VERSÃO ORIGINAL
Era tão bom o meu tempo de moço.
Sonhava enquanto o seu neto aprendia a escrever.
Estava triste, pois a sua neta foi embora para o convento.
A vida era muito difícil.
Era tão difícil que até o seu neto mais novo ainda bebé,
Acordava sempre assustado.
A sua mulher estava à porta para dar o último adeus,
E ele ali estava sentado a ver o seu neto a aprender a escrever.
Sonhava Era tão bom o meu tempo de moço.
REVÉS DA MEDALHA
O meu tempo de moço era tão bom, sonhava.
O seu neto a aprender a escrever, e ele ali estava sentado a ver.
Para dar o último adeus estava à porta a sua mulher.
O seu neto mais novo ainda bebé, acordava sempre assustado.
Era tão difícil, a vida era muito difícil, pois a sua neta foi embora para o convento.
Estava triste.
Enquanto o seu neto aprendia a escrever, sonhava
Era tão bom o meu tempo de moço.
VERSÃO MELÓDICA
“Ai como era bom o meu tempo de menino e moço.”
Vagueava nas ondas dos seus sonhos enquanto via o seu neto a aprender as suas primeiras letras os seus primeiros números.
Mas a tristeza invadia o seu mais profundo ser.
A sua netinha doce e meiga acabara de sair de casa.
Iria juntar-se a um convento, pois os tempos eram difíceis.
Tão difíceis que até o seu neto mais novo ainda bebé, tinha sonhos tristes e medonhos.
Acordava atordoado não sabendo porque.
A sua sempre fiel e ternurenta esposa estava ali na porta, a receber o ultimo adeus, da sua netinha mais linda que os lírios do campo.
E o velho ali sentado a ver.
O seu neto a aprender as suas primeiras letras os seus primeiros números.
Vagueava nas ondas dos seus sonhos.
“Ai como era bom o meu tempo de menino e moço”
VERSÃO DO CALÃO POPULAR
“Era bué fixe o meu tempo de chavaleco”.
Curtia o seu sonho enquanto o puto neto aprendia cenas lá da escola.
O bacano estava buéda mal, mas bué mesmo, pois a pitinha da neta ia bazar.
Não havia trocos, era curto, fogo vai lá vai!
Estava tão malinhos a vida que a pitinha foi estudar para pinguim
até o chavaleco do bebé,
Acordava sempre todo acagaçado, vai lá vai!
A bacana dele estava à porta para dar o último adeus,
E ele ali abancado enquanto o puto neto aprendia cenas lá da escola.
Curtia o seu sonho
“Era bué fixe o meu tempo de chavaleco”.
VERSÃO FUTURISTA
Era tão bom o meu tempo de moço.
Sonhará enquanto o seu neto irá aprender a escrever.
Ficará triste, pois a sua neta partirá para o convento.
A vida irá ser muito difícil.
Será tão difícil que até o seu neto que ainda não nasceu
ainda bebé, acordará sempre assustado.
A sua mulher irá até à porta para dar o último adeus,
E ele ali ficará ali sentado a ver o seu neto que irá aprender a escrever.
Sonhará Era tão bom o meu tempo de moço.
VERSÃO EXAGERADA E RÁPIDA
Era tão bom o meu tempo de moço, jovem, homem.
Sonhava, dormia, acordava, enquanto o seu neto aprendia,
já aprendeu a escrever, é advogado.
Estava triste, chorava, berrava, deprimia-se
pois a sua neta foi embora, partiu, viajou
para o convento, basílica, catedral.
A vida era muito difícil, má, terrível,
Era tão difícil, horrível, e mau
que até o seu neto mais novo
ainda bebé, rapaz, jovem, adulto.
Acordava sempre assustado, em pânico, ofegante.
A sua mulher estava à porta, no portão, na fronteira
para dar, mandar, lançar o último adeus, até já, vai e volta
E ele ali estava sentado, ajoelhado em pé
a ver, já viu, vai ver o seu neto
a aprender, já aprendeu a escrever, é advogado.
Sonhava, dormia, acordava
Era tão bom o meu tempo de moço, jovem, homem.
VERSÃO POR FIM
Por fim era tão bom o meu tempo de moço, sonhava.
Enquanto que por fim o seu neto aprendia a escrever.
Estava triste, pois a sua neta por fim foi para o convento.
A vida por fim era muito difícil.
Era tão difícil que por fim até o seu neto mais novo ainda bebé,
Acordava por fim sempre assustado.
Por fim a sua mulher estava à porta para dar o último adeus,
E ele ali estava sentado por fim a ver o seu neto a aprender a escrever.
Sonhava por fim, era tão bom o meu tempo de moço.
quinta-feira, 5 de julho de 2007
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2 comentários:
Lol...
Que trabalheira, hein?
Ui.... tantas versoes... :) bj, Claudia
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